quarta-feira, 1 de junho de 2011

Italia !



Demorou, mas minha primeira viagem fora da America do Sul aconteceu!
Em maio estive na Italia, terra natal do meu pai, um lugar que sempre quis conhecer.
A chegada foi em Roma. Ficamos lá 4 dias. O que mais gostei? Dificil dizer. Menciono a Fontana de Trevi. Além de ser linda, foi o primeiro monumento famoso que visitamos, acho que por isso teve um encanto todo especial.
O Coliseu e o Forum Romano não precisam nem ser mencionados: a imponencia do edificio, no caso do Coliseu, e a história em cada coluna caida, no Forum, já falam por si mesmos.
Mas as Termas de Caracala foram uma grata surpresa. Que lugar maravilhoso, tranquilo, acolhedor, silencioso. Quase um oásis em uma grande cidade como Roma.

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Meu adeus a Mary Travers



No ultimo dia 16 de setembro morreu Mary, do grupo folk Peter, Paul and Mary, vitima de leucemia.

Conheci o trabalho deles em uma rádio, nem lembro mais em que ano, mas posso dizer que é um dos poucos grupos/cantores que realmente me dá prazer ouvir. Gosto de praticamente todas as músicas, em especial Leaving on a jet plane.

Foram eles que "lançaram" Bob Dylan ao gravarem "Blowin in the wind" em 1963.

Se separaram em 1970 e voltaram a gravar juntos em 1978. De qualquer forma, podemos dizer que cultivaram um relacionamento profissional, e de amizade, durante praticamente meio século. E isso para mim é mais grandioso do que qualquer carreira bem sucedida. Vejam essas fotos.. Quantos de nós tem a chance de manter um convivio por tanto tempo?

Eu não sou o tipo de pessoa que dá algum tratamento especial quando um artista morre. Sem essa de dizer que o mundo ficou mais triste ou pior com tal perda. Acho que todas as mortes, até as anonimas, geram nos que ficam uma certa angustia e saudade. Mas para a Mary quero deixar registrado meu carinho e admiração pelo seu trabalho. Sua voz e interpretação realmente me encantaram, e continuam encantando.



Salvador



Este último final de semana estive em Salvador. É a segunda vez que vou a Bahia; em 1992 conheci Alcobaça e Abrolhos.
Como o tempo era curto, não deu para conhecer muita coisa desta cidade. Fiquei no Hotel Pestana Bahia, utilizando uma cortesia que ganhamos quanto estivemos em Natal, em março. O hotel é legal, quarto espaçoso, boa comida e funcionários simpáticos. Fizeram até checking aéreo online para nossa volta. Mas agora já aprendi que podemos fazer isso com até 2 dias de antecendencia, ou seja, eu poderia ter feito antes de viajar. Comentário especial para o garçom: " Vcs são paulistas?" Como ele adivinhou? Ninguem ali pede o cardápio com o sotaque que nós pedimos. E o taxista então? Não contente em colocar axé no rádio durante nossa corrida, ainda cantarolou e praticamente dançou ao voltante. Sorria, vc esta na Bahia.

Mas cá pra nós, para quem conhece (e ama) Ouro Preto como eu, Pelourinho não é lá grande coisa, né? Apenas algumas ruas com casarios não tão bem conservados como a cidade mineira (pelo menos a que eu estive a alguns anos atrás, não sei como Ouro Preto está hoje. Preciso voltar lá!), apenas uma igreja aberta a visitação e muito calor.
Mas a viagem valeu a pena. Conheci finalmente a cidade onde meu marido morou durante 18 meses. Ñão ficaremos com saudades.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Arcos - MG

Este final de semana estive com meu marido em um casamento na cidade de Arcos, Minas, que fica a uns 490 km de São Paulo.
Saimos daqui no sabado às 11:30hs e chegamos lá as 17:30, depois de uma breve parada para almoço em um restaurante chamado O Rei da Traira. Lugar agradável, atendimento simpático e...sem cardápio. Prato único: traira frita, arroz, salada e pirão....de traira...
Já em Arcos, o hotel estava dentro do esperado ( e do preço!): quarto limpo, cama macia, chuveiro morno, uma janela sem cortina e sem bela vista, e um galo cantando às 2 da madrugada, hora que voltamos do casamento. O quase problema ficou por conta do café da manhã: acordamos tarde e , embora o cardápio fosse bem variado, a única copeira não dava conta de repor todos os itens. Mas enfim, estávamos em Minas, então, o melhor é fazer como os mineiros e não ter pressa.
Falando do casamento: que festa! Muita comida (tinha até pão de queijo uai!), bebida, música ao vivo, o tradicional video com o histórico do casal e tudo o mais. A lembracinha era um porta retrato com uma foto nossa, tirada na entrada. Um mimo.
No dia seguinte assistimos a vitória do Rubinho na F1 (primeira em 5 anos) e voltamos felizes para São Paulo. Não deu para conhecer muito da cidade, mas, paciencia.
Almoçamos no Graal na Fernão Dias, todo decorado com fotos das cidades históricas de Minas. Quero reve-las ainda no próximo ano, se Deus quiser.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

A viagem da adolescencia para a vida Adulta

Rosely Sayão - Folha de S.Paulo 13/08/09

Para saber quem quer ser, o adolescente precisa saber quem são seus pais. Para chegar a um local desconhecido é preciso estar bem localizado, saber onde está e de onde veio, não é?(...) O problema é que esse conhecimento tem sido complicado porque muitos pais não dão rumo aos filhos."Você escolhe, você é quem sabe, você decide" são expressões que os pais dizem com frequência a filhos pequenos acreditando que, com isso, lhes dão autonomia.
Não. Desse modo, negam aos filhos o conhecimento de quem são e de onde estão e a própria condição de criança. "Sou praticamente um adulto", ouvi um garoto de nove anos dizer.
Para tornar-se adulto, o adolescente precisa passar por sua crise dentro da família para conseguir se organizar fora dela.
Por isso, os pais precisam "segurar a onda", apoiá-lo e se fazer presentes não fisicamente sempre que o filho precisar.A família precisa ser continente para o filho em crise, mas muitos pais estão "caindo fora", como dizem os jovens.Ser impotente para se relacionar com o filho adolescente parece uma epidemia e isso só agrega dificuldade à já difícil tarefa deles -como reclamou a garota citada-, que só colabora para o adiamento da aquisição de uma identidade.
Um adolescente não pode ser como uma criança, assim como um adulto não pode ser como um adolescente. Precisamos encontrar soluções para esse duplo problema.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

AO RITMO DO CORAÇÃO - Por Ruy Castro
Em 1986, um sociólogo italiano, Carlo Petrini, liderou um protesto contra a instalação de um McDonald's na Piazza di Spagna, em Roma. Os manifestantes brandiam pratos de penne para demonstrar sua aversão à fast food: os cheeseburgers que as pessoas devoram às pressas, de pé, num balcão, babando ketchup e sem consideração pelo próprio estômago.O McDonald's venceu, mas, daquele ato, nasceu um movimento pela slow food -para conscientizar as pessoas a que valorizassem suas refeições, comendo produtos mais frescos, se possível regionais, e recuperassem a noção de convívio em torno de um prato de comida. Aos poucos, o movimento espalhou-se pela Europa, infiltrou-se no próprio QG do inimigo, os EUA, e até chegou, timidamente, ao Brasil.Mas o importante é que o princípio da slow food não precisa limitar-se à comida. A cantora Joyce inspirou-se em Petrini e adaptou esse princípio à música, em seu novo e belo disco, "Slow Music", cheio de clássicos antigos e modernos, que não tocará no rádio. "[Este é] um álbum feito de silêncios e pausas", diz ela no encarte. "A pausa é um momento importante da música. Sem silêncio, não existe som. Sem o claro-escuro, não se veem todas as nuances da cor."Muitos fatores contribuíram para o ritmo avassalador tomado pela música popular nas últimas décadas -um ritmo que não condiz com o batimento cardíaco e que, para ser tolerado, exige o uso de substâncias que acelerem tal batimento. Um deles é a nossa omissão. Deixamo-nos vergar pela tecnologia sonora, pela mídia e por essa exótica categoria "artística": os DJs.Fast food é junk food, como se sabe, e há uma relação óbvia entre junk food e junk music: se as pessoas comessem a música que a mídia lhes serve para ouvir, já estariam mortas há muito tempo.
Texto publicado no Jornal Folha de S.Paulo em 12/08/09

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Amigos que moram longe...

Hoje li o blog de uma amiga que está morando já há dois anos em Fortaleza. Ela conta a dificuldade de se adaptar a nova vida em uma cidade que não seja a sua de origem, no caso, nossa boa e velha S.Paulo.
Tenho amigos morando em Imperatriz-MA, em S.José dos Campos-SP, Araçatuba-SP, e acredito que a mudança de uma cidade para outra sempre é um processo longo a ser digerido. S.Paulo tem aquele ritmo alucinante, sempre cheia de gente em todo lugar que você vá, sempre barulhenta, sempre com trânsito carregado. Mas ainda assim, é a "minha cidade", dá para entender? E a zona norte de Sampa é o meu lugar no mundo, ou como diria Gabriel G.Marques, na loteria da vida S.Paulo é o lugar que me foi destinado.
Claro que nas horas de maior stress pensamos em nos mudar para um cidade mais tranquila, mas não dá para levar junto conosco todos os que amamos. O ideal seria encontrar a paz que queremos no nosso próprio bairro. Mas está cada vez mais dificil, né?
Então, como não existe solução fácil, o jeito é preparar o espirito para enfrentar as dificuldades que sempre aparecem quanto um sonho ( o de viver em outra cidade) se torna realidade.
Para minha amiga digo o seguinte: o ser humano sempre se adapta a tudo. A vida segue seu ritmo, e nós seguimos com ela, buscando novas alternativas para sermos felizes. "Seja lá na Dinamarca ou aqui".

Filho
Oh meu menino
Será esse o desitino
Viajar em seu navio
Pelos mares, pelos rios
Andar Só
Filho
Oh meu pequeno
Será esse o caminho
Navegar assim sozinho
Sem alguém que nos espere
Nos cais
Toda vida existe pra iluminar
O caminho de outras vidas
Que a gente encontrar
Homem algum será deserto ou ilha
Como não pode o rio negar o mar
Seja lá em qualquer norte ou no sul
Seja lá na Dinamarca ou aqui
Sonho, sonho solidário
Faz crescer o amor diário
Faz amigo em cada rua
Ou bar
Vai Abre as portas do navio
Beba o mar e beba o rio
Viva a vida e viva o tempo
De amar
Filho
Vai tua vida